Vieiros

A correia de transmissom da burocracia autonómica e autonomista entre o alunado, os CAF, venhem de convocar umha greve estudantil, segunda no que levamos de curso, contra a "suba das taxas".

Como no mês de Outubro, quando se convocou a primeira, os círculos de poder vencelhados ao BNG-UPG impulsionam de novo um paro estudantil um dia prévio a umha ponte festiva, outorgando um exemplo vazio de combatividade, e de nula credibilidade num discurso, o seu, centrado apenas em anunciar-nos que, malia a sua inoperáncia durante o grosso do curso, seguem a ser o sindicato estudantil com mais eco nos meios burgueses. Quando nom o único na Galiza.

Ante esta nova patranha com a qual os CAF se parapetam nos cálculos eleitoralistas do colectivo (uns dias antes há eleiçons ao Claustro e nom está de mais saír da cova para arranhar algum voto), e mais nas pespectivas individuais de acesso a um cargo na administraçom graças à sua filiaçom estudantil, AGIR quer fazer as seguintes consideraçons:

1. A campanha explica-se porque, segundo os CAF, abril é o mês em que se aprovam as modificaçons (à alça) dos preços públicos de matriculaçom na Universidade para o curso que vem. De baralharem as informaçons pertinentes, cousa que nom é complexa a sabendas de que o BNG governa na Comunidade Autónoma, os CAF demonstram umha absoluta falta de respeito polo estudantado, ao qual vendem dous dias antes de finalizar o mês um protesto contra um projecto cujo praço de tramitaçom estará portanto quase finalizado, se é que nom o estiver já.

2. Os CAF continuam fora de toda participaçom estudantil aberta contra a mercantilizaçom do ensino, um de cujos traços mais elementares é a suba dos preços, que segrega, elitiza e castiga a sociedade, que se vê privada dum serviço que deveria ser público, gratuíto e universal. As sucessivas organizaçons em Faculdades, sobre todo na USC, ao longo destes dous últimos anos, contárom sempre com o aberto rechaço dum sindicato que pretende que todos e todas nos movamos ao seu compasso.

3. A Conselharia de Educaçom da espanholista Sánchez Piñón (PSOE) é um dos pilares mais antipopulares da política governativa "progre" do bipartido na Junta: desprestígio da língua nacional; incumprimento da legalidade; estagnamento nos estamentos funcionariais da Conselheria; desleixo em matéria universitária; incongruências com Vicepresidência sobre o papel das Galescolas; etcétera... E, como nom, políticas educacionais de carácter mercantil orientadas ao discurso neoliberal, patrocinado por Senén Barro, Reitor da USC e amigo dos CAF, de que 'cada aluna/o se pague os seus próprios estudos, se é que lhes interessam'.
Esta conselharia está amparada polo BNG, um de cujos partidos, a UPG, controla as estratégias dentro da administraçom autonómica e dentro do estudantado autonomista dos CAF.

4. O oportunismo é a característica principal dumha praxe estudantil baseada em paralisar durante todo o ano o estudantado, para depois preparar umha (ou duas) bonita marcha festiva que nom está ligada de nengum jeito a umha prática quotidiana de compromisso e luita por umha Universidade para o Povo Galego. Máxime quando o cerne dos problemas da mercantilizaçom, o Processo de Bolonha, ao qual aderiu abnegadamente o BNG, é só mais um recurso dos CAF para lembrar o estudantado que, malia a contençom que exercem entre os órgaos de poder académicos e o estudantado; malia a parálise que padecem a diário (ao ponto de nom se ter pronunciado ainda sobre o espectacular lichamento contra estudantes da USC que protestavam pacificamente contra a visita de San Gil e fôrom brutalmente mancados/as num dos nossos próprios Cámpus); malia todo, seguem a goçar do privilégio de viver chuchando das quotas de poder que o BNG adquire graças à sua adesom à monarquia espanhola, ao capitalismo espanhol, à burguesia espanhola, e ao acomodamento em silhons de veludo.

CONTRA A SUBA DAS TAXAS, ADIANTE O ESTUDANTADO ORGANIZADO E COMBATIVO!