O chefe de Estado timorense, Xanana Gusmão, revelou, esta terça-feira, em Díli, que assumiu a "responsabilidade principal" pelas áreas da defesa e segurança, numa declaração em que admitiu também declarar o estado de sítio no país.
Numa declaração proferida após dois dias de reunião do Conselho de Estado, na capital, o Presidente da República de Timor-Leste anunciou ainda um conjunto de "medidas de emergência" que visam pôr fim à violência no país.
Uma dessas medidas é a "entrega imediata" de armas de fogo, munições, explosivos, armas brancas ou equipamento militar às autoridades.
Segundo informou o líder timorense, as medidas de emergência "entram imediatamente em vigor e são válidas por um prazo de trinta dias", que será prorrogado "se necessário", acrescentou.
Por outro lado, Xanana Gusmão admitiu poder vir a decretar o estado de sítio em Timor-Leste, "em conformidade com os preceitos constitucionais devidos, designadamente a necessária autorização prévia do Parlamento Nacional".
De acordo com a rádio TSF, pouco depois desta declaração, o Presidente timorense afirmou que aconselhou o primeiro-ministro do país, Mari Alkatiri, a demitir os ministros da Defesa e do Interior, Roque Rodrigues e Rogério Lobato, respectivamente.